terça-feira, 3 de novembro de 2009

A falta de divulgação da TV digital

A falta de divulgação ainda é grande sobre essa nova convergência de mídias. Na verdade, talvez não exista ainda tanto interesse pela rede de comunicações anunciarem essa nova ferramenta de interação que mistura o mundo convencional do entretenimento com a rapidez da Internet.

O que melhor explica a TV digital é imaginar uma televisão com tecnologias da Internet. Qualidade de imagem, boa definição, local onde você e eu poderemos interagir com a programação e dados armazenados no receptor.

Algo parecido com as TVs por assinatura que tem HDTV, que temos hoje no Brasil. Em que você pode interagir com o conteúdo, gravar seu programa e assistir mais tarde ou passar pra frente os intervalos.

Claro que, a TV digital dispõe de uma maior tecnologia, mix de canais, Internet, shopping online, acesso pelo computador, em casa ou dentro do carro. Ainda não sabemos ao certo o tamanho da ciência que a TV suportará, existem muitas especulações, mas nada ao certo. Eu pelo menos não conheço ninguém que tenha a TV digital ou que saiba explicar exatamente o que ela trará ou quais serão os seus processos ao certo.


Com certeza as emissoras de TV e rádio sofrerão influências e mudanças no conteúdo. Aí fica uma grande dúvida, como o cenário do tradicional entretenimento vai conseguir lidar com tamanha interação em sua programação?

Na opinião do governo, pelo menos por enquanto, a produção de conteúdo deve centralizar-se na mão da equipe de radiodifusão, visto que, eles já sabem fazer a comunicação e com resultado. Tanta mudança junto pode trazer um impacto negativo ao invés de positivo para a população e para os investidores, com essa nova tecnologia. Por isso, é necessário cautela e muita conversa entre todos os lados envolvidos neste processo.
Por exemplo, se tudo for liberado, quem comprará o direito de conteúdo da Copa?

O que é comum na Internet, como influência mútua, geração e compartilhamento de conteúdo, não existe no mundo fechado do entretenimento.

A TV digital é como se fosse uma sobrevida para a televisão analógica brasileira hoje, que precisa se adequar as novas mídias, caso contrário morrerá.

Os telespectadores sempre foram passivos ao consumo do entretenimento na televisão e rádio e essa é uma das “deixas” que precisarão ser bem tratadas, sem contar em ajustar o perfil do usuário da TV que não é o mesmo da Internet.

Pelo menos no momento, não percebemos interesse das emissoras divulgarem a TV digital.

A implantação foi um fracasso para o setor comercial que esperava um melhor retorno, por isso, mudaram de estratégia. Diminuíram a demanda de TVs digitais para a de conversores.

O governo espera que a criação de uma nova TV venha a ser mais democrática, interativa, com criação cultural e intelectual. E ofereça de forma diferenciada e acelerada o desenvolvimento da indústria da tecnologia no Brasil. Com uma TV aberta e livre para o consumidor final e para aumento da inclusão digital.


Pelo visto as negociações estão andando, mas e a divulgação onde está? Sem o marketing em cima da TV digital fica difícil vender o novo produto para o próprio país.

Artigo de: Natália Serreto Cobellis Gomes

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